Activista pelos direitos humanos, poeta, técnico em informática, programador em ascensão, estudante de comunicação, especialista em marketing, em métricas, costureiro, sapateiro, leitor assíduo e entre outras profissões.
Casa humilde,
Casa do povo,
Casa de barro,
Amassado com alma
Pra abrigo dar.
Casa de palha,
Casa africana,
Estremece ao vento,
Pinga, pinga…
Pinga com os pingos da chuva,
Que arrefece a palha
E arrefece os homens.
Casa do nada
No meio do nada,
O nada que é tudo
Pra quem nada tem,
Senão humidade
Em sua casa humilde.
Casa que tem tudo,
Que um arranha-céus
Não tem.
Casa humilde
Casa do povo
Casa de palha,
Tem pingos que pingam
Com pingos da chuva,
Que arrefecem a alma
E calam a voz do silêncio
Nos corações.
Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver em seus filhos: autoestima, protecção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir.
Bons pais atendem, dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de aniversário, compram ténis, roupas, produtos electrónicos, proporcionam viagens. Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo.
Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus filhos, mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais.
Os pais que vivem em função de dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis.
Você quer ser um pai ou uma mãe brilhante? Tenha coragem de falar sobre os dias mais tristes da sua vida com seus filhos.
Tenha ousadia de contar sobre suas dificuldades do passado. Fale das suas aventuras, dos seus sonhos e dos momentos mais alegres de sua existência. Humanize-se.
Transforme a relação com seus filhos numa aventura. Tenha consciência de que educar é penetrar um no mundo do outro. Muitos pais trabalham para dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro da sua vida para eles. Infelizmente, seus filhos só vão admirá-los no dia em que eles morrerem.
Por que é fundamental para a formação da personalidade dos filhos que os pais se deixem conhecer? Porque esta é a única maneira de educar a emoção e criar vínculos sólidos e profundos. Quanto mais inferior é a vida de um animal, menos dependente ele é dos seus progenitores.
Nos mamíferos há uma dependência grande dos filhos em relação aos pais, pois eles necessitam não apenas do instinto, mas de aprender experiências com seus pais para poderem sobreviver.
Na nossa espécie essa dependência é intensa. Por quê? Porque as experiências aprendidas são mais importantes do que as instintivas.
Uma criança de sete anos é muito imatura e dependente dos seus pais, enquanto muitos animais com a mesma idade já são idosos.
Como ocorre esse aprendizado?
Eu poderia escrever centenas de páginas sobre o assunto, mas neste livro comentarei apenas alguns fenômenos envolvidos no processo.
O aprendizado depende do registro diário de milhares de estímulos externos (visuais, auditivos, táteis) e internos (pensamentos e reações emocionais) nas matrizes da memória. Anualmente arquivamos milhões de experiências.
Diferentemente dos computadores, o registro em nossa memória é involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (registro automático da memória). Nos computadores, decidimos o que registrar; na memória humana, o registro não depende da vontade humana. Todas as imagens que captamos são registradas automaticamente. Todos os pensamentos e emoções — negativos ou saudáveis — são registrados involuntariamente pelo fenômeno RAM.
Os vínculos definem a qualidade da relação. O que seus filhos registram de você? As imagens negativas ou positivas? Todas. Eles arquivam diariamente os seus comportamentos, sejam eles inteligentes ou estúpidos.
Você não percebe, mas eles o estão fotografando a cada instante. O que gera os vínculos inconscientes não é só o que você diz a eles, mas também o que eles veem em você. Muitos pais falam coisas maravilhosas para suas crianças, mas têm péssimas reações na frente delas: são intolerantes, agressivos, parciais, dissimulados.
Com o tempo, cria-se um abismo emocional entre pais e filhos. Pouco afeto, mas muitos atritos e críticas.
Tudo que é registrado não pode mais ser deletado, apenas reeditado através de novas experiências sobre experiências antigas. Reeditar é um processo possível, mas complicado.
A imagem que seu filho construiu de você não pode mais ser apagada, só reescrita. Construir uma excelente imagem estabelece a riqueza da relação que você terá com seus filhos.
Outro papel importante da memória é que a emoção define a qualidade do registro. Todas as experiências que possuem um alto volume emocional provocam um registro privilegiado. O amor e o ódio, a alegria e angústia provocam um registro intenso.
A mídia descobriu, sem ter conhecimentos científicos, que anunciar as misérias humanas fisga a emoção e gera concentração. De fato, acidentes, mortes, doenças, sequestros geram alto volume de tensão, conduzindo a um arquivamento privilegiado dessas imagens.
Nossa memória tornou-se assim uma lata de lixo. Não é à toa que o homem moderno é um ser intranquilo, que sofre por antecipação e tem medo do amanhã.
Fica mais barato perdoar
Se você tem um inimigo, fica mais barato perdoá-lo. Faça isso por você. Caso contrário, o fenómeno RAM o arquivará privilegiadamente. O inimigo dormirá com você e perturbará seu sono. Compreenda as suas fragilidades e perdoe-o, pois só assim você ficará livre dele. Ensine seus filhos a fazer do palco da sua mente um teatro de alegria, e não um palco de terror.
Leve-os a perdoar as pessoas que os decepcionam. Explique a eles este mecanismo. Nossas agressividades, rejeições e atitudes impensadas podem criar um alto volume de tensão emocional em nossos filhos, gerando cicatrizes para sempre.
Precisamos entender como se organizam as características doentias da personalidade. O mecanismo psíquico é o seguinte: uma experiência dolorosa é registrada automaticamente no centro da memória.
A partir daí ela é lida continuamente, gerando milhares de outros pensamentos. Estes pensamentos são novamente registrados, gerando as chamadas zonas de conflitos no inconsciente.
Se você errou com seu filho, é insuficiente apenas ser dócil com ele num segundo momento. Pior ainda, não tente compensar sua agressividade comprando-o, dando-lhe coisas.
Deste modo, ele o manipulará e não o amará. Você só reparará sua atitude e reeditará o filme do inconsciente se penetrar no mundo dele, se reconhecer seu exagero, se falar com ele sobre sua atitude. Declare a seus filhos que eles não estão no rodapé da sua vida, mas nas páginas centrais da sua história.
Nos divórcios é comum o pai prometer aos filhos que jamais os abandonará. Mas quando diminui a temperatura da culpa, alguns pais também se divorciam dos seus filhos.
Os filhos perdem a sua presença, às vezes não física, mas emocional. Os pais deixam de curtir, sorrir, elogiar e ter momentos agradáveis com os filhos.
Quando isso acontece, o divórcio gera grandes sequelas psíquicas. Se a ponte for bem feita, se a relação continuar a ser poética e afectiva, os filhos sobreviverão à turbulência da separação dos seus pais e poderão amadurecer.
Seus filhos não precisam de gigantes
A individualidade deve existir, pois ela é o alicerce da identidade da personalidade. Não há homogeneidade no processo de aprender e no desenvolvimento das crianças (Vigotsky, 1987).
Não há duas pessoas iguais no universo. Mas o individualismo é prejudicial. Uma pessoa individualista quer que o mundo gire em torno de sua órbita, sua satisfação está em primeiro lugar, mesmo se isso implicar o sofrimento dos outros.
Uma das causas do individualismo entre os jovens é que os pais não cruzam a sua história com a de seus filhos.
Mesmo que você trabalhe muito, faça do pouco tempo disponível grandes momentos de convívio com seus filhos. Role no tapete. Faça poesias. Brinque, sorria, solte-se. Perturbe-os prazerosamente.
Certa vez, um filho de nove anos perguntou a um pai, que era médico, quanto ele cobrava por consulta. O pai disse-lhe o valor. Passado um mês, o filho aproximou-se do pai, tirou algumas notas do bolso, esvaziou seu cofre de moedas e disse-lhe com os olhos cheio de lágrimas: “Pai, faz tempo que eu quero conversar com você, mas você não tem tempo. Consegui juntar o valor de uma consulta. Você pode conversar comigo?”
Seus filhos não precisam de gigantes, precisam de seres humanos. Não precisam de executivos, médicos, empresários, administradores de empresa, mas de você, do jeito que você é.
Adquira o hábito de abrir seu coração para os filhos e deixá-los registrar uma imagem excelente da sua personalidade. Sabe o que acontecerá? Eles se apaixonarão por você. Terão prazer em procurá-lo, em estar perto de você. Quer coisa mais gostosa do que isto?
A crise financeira, as perdas ou as dificuldades poderão arremeter-se sobre a relação de vocês, mas, se ela tem alicerces, nada a destruirá. De vez em quando, chame um dos seus filhos sozinho e almoce ou faça programas diferentes com ele.
Diga o quanto ele é importante para você. Pergunte como está a vida dele. Fale sobre seu trabalho e seus desafios. Deixe seus filhos participarem da sua vida. Nenhuma técnica psicológica funcionará se o amor não funcionar.
Se você passar por uma guerra no trabalho, mas tiver paz quando chegar em casa, será um ser humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de casa e viver uma guerra na sua família, a infelicidade será sua amiga.
Muitos filhos reconhecem o valor dos seus pais, mas não o suficiente para admirá-los, respeitá-los, tê-los como mestres da vida. Os pais que estão tendo dificuldades com os filhos não devem sentir-se culpados.
A culpa engessa a alma. Na personalidade humana nada é definitivo. Você pode e deve reverter esse quadro. Você tem experiências riquíssimas que transformam sua história num filme mais interessante do que os de Hollywood.
Se você duvida disso é porque talvez nem se conheça e, pior ainda, nem mesmo se admire.
Liberte a criança feliz que está em você. Liberte o jovem alegre que vive na sua emoção, mesmo que seus cabelos já tenham embranquecido. É possível recuperar os anos. Deixe seus filhos descobrirem seu mundo.
Abra-se, chore e abrace-os. Chorar e abraçar são mais importantes do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhes montanhas de críticas.
O Pequeno Príncipe é uma obra literária do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, que conta a história da amizade entre um homem frustrado por ninguém compreender os seus desenhos, com um principezinho que habita um asteroide no espaço.
O título original é Le Petit Prince, e o livro foi publicado pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos.
Esta obra é marcada pelo seu alto teor filosófico e poético, mesmo sendo considerada a princípio uma literatura para crianças. O Pequeno Príncipe é o terceiro livro mais traduzido do mundo, contabilizando aproximadamente mais de 160 idiomas, e um dos mais vendidos por todo o planeta. O clássico ganhou diversas adaptações, seja no cinema ou em espetáculos teatrais e musicais.
Resumo do Livro O Pequeno Príncipe
O autor do livro é o personagem principal da história, que assume também o papel de narrador, contando sobre o fatídico dia em que o seu avião teria caído no meio do deserto do Saara.
Lá, o personagem principal adormece e, ao acordar, se depara com o Pequeno Príncipe, que pede para que ele desenhe um cordeiro numa folha de papel.
O protagonista é frustrado em relação aos seus desenhos, pois nunca ninguém conseguia interpretar as suas artes da forma correta.
Ao longo da história, o Pequeno Príncipe vai narrando as suas aventuras para o protagonista.
O jovem estaria a procura de um carneiro para comer as árvores que estariam crescendo em excesso em sua terra, um asteroide conhecido por B 612, que teria apenas uma rosa vermelha e três vulcões, sendo um deles inativo.
Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo como as pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida conforme vão crescendo. Primeira edição de O pequeno príncipe publicada nos Estados Unidos, em 1943.
Análise de Frases do Livro O Pequeno Príncipe
A parábola do "Pequeno Príncipe" debate, entre outras questões filosóficas, a perda da inocência e fantasia ao longo dos anos, conforme as pessoas vão crescendo e abandonando a infância. Descubra abaixo as frases mais importantes que norteiam a obra e dão a ela uma profundidade ímpar:
"O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração."
Esta obra literária aborda em várias partes o valor das coisas. Através desta afirmação da Raposa, podemos concluir que o verdadeiro valor de algo ou de alguém não pode ser visto com uma visão superficial. Para conhecer o que é essencial é preciso ver com o coração, ou seja, tirar tempo para conhecer, olhar sem preconceito e sem discriminar.
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante."
Esta frase descreve o laço afetivo existente entre o Pequeno Príncipe e a Rosa. Podemos concluir com esta frase que o que torna as coisas ou pessoas importantes é o tempo que nós investimos nelas. Quanto mais tempo, mais importante se torna nas nossas vidas.
"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz."
Com esta declaração, a Raposa expressa o carinho que sente pelo Pequeno Príncipe. O mesmo acontece entre pessoas que gostam uma da outra, existe esse sentimento de antecipação quando se sabe que vai haver um encontro.
"As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes."
As duas estruturas mencionadas (muros e pontes) servem para designar atitudes no contexto da interação social. Os muros servem para criar uma separação entre dois lugares, enquanto as pontes têm a função oposta, ou seja, são construídas para conectar dois lugares. Assim, quem é solitário se afasta das outras pessoas, construindo muros e não pontes.
"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou."
Esta frase revela o perigo e a insensatez de generalizar, julgar e avaliar uma pessoa por alguma coisa que aconteceu no passado. Isso também pode ser aplicado ao tópico da discriminação e preconceito racial. Só porque alguém foi magoado por uma pessoa de uma determinada classe, raça, gênero ou grupo social, não significa que todas as pessoas são iguais.
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
O fenômeno de “cativar” algo ou alguém é amplamente abordado neste livro. Esta frase explica que, quando é formado um relacionamento (seja ele amoroso ou de amizade), as pessoas se cativam e ao cativar, são responsáveis por ela. Isso significa que o amor ou amizade requerem responsabilidade. O Pequeno Príncipe cativou a Rosa e por esse motivo tornou-se responsável por ela, dando resposta aos seus desejos e caprichos.
Personagens do Livro O Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe
O personagem que dá o nome ao livro é um dos dois protagonistas da história. Esta criança vem do asteroide 325 (conhecido na Terra como B-612) e deixa a sua casa e a sua querida rosa para viajar pelo Universo. Nos vários planetas que visita, tem contacto pela primeira vez com adultos e fica espantado com o comportamento adulto e com as suas incoerências.
O Pequeno Príncipe representa a infância inconsciente dentro de cada adulto, simbolizando sentimentos de amor, esperança e inocência.
O Piloto
Assume o protagonismo da história juntamente com o Pequeno Príncipe e tem a função de narrador. Quando era criança, o piloto tinha o sonho de ser um artista, mas foi desencorajado por adultos à sua volta. Apesar disso, o piloto faz vários desenhos para o Pequeno Príncipe e revela que a sua visão do mundo é mais parecida com a de uma criança.
O piloto simboliza a atitude de perseguir e lutar pelos sonhos. A sua busca pelo poço no deserto revela a importância de aprender as lições através da exploração pessoal.
A Rosa
Elemento que é objeto do amor do Pequeno Príncipe, mas graças ao seu comportamento contraditório faz com que ele parta em viagem. A Rosa tem uma atitude melodramática e orgulhosa e é simultaneamente convencida e ingênua. O Pequeno Príncipe cede aos seus caprichos e, como cuida muito bem da Rosa, a sua memória faz com que queira regressar ao seu lar.
Ela simboliza, portanto, o amor que deve ser cultivado e cuidado. Apresenta características humanas, tanto boas como más.
A Raposa
Aparece na história de forma repentina e misteriosa e estabelece um relacionamento de amizade com o Pequeno Príncipe. Apesar de pedir para ser domada pelo seu amigo, a raposa atua não só como pupila, mas como sua tutora, ensinando-lhe valiosas lições.
Representa a sabedoria pois ensina valiosas lições ao rapazinho, sendo as mais importantes: só o coração consegue ver corretamente; o tempo que o Pequeno Príncipe passou longe do seu planeta fez com que valorizasse mais a Rosa; o amor implica uma responsabilidade.
O Carneiro e a Caixa
Quando o Pequeno Príncipe pediu ao Piloto para desenhar um carneiro, não ficou satisfeito com o resultado. Assim, o Piloto desenhou uma caixa, afirmando que dentro dela vivia o carneiro que o Pequeno Príncipe tinha pedido para desenhar.
A caixa simboliza o poder da imaginação, capaz de ajudar a contornar problemas que aparecem no dia a dia. O Pequeno Príncipe fica preocupado que o carneiro coma a sua Rosa. Por esse motivo, o carneiro representa a dualidade da entrega do amor: dá prazer, mas também pode ser uma porta para o sofrimento.
Elefante dentro da Jiboia
Este é um desenho feito pelo Piloto e que é revelado ao Pequeno Príncipe. Inicialmente os adultos não entendiam o desenho e o confundiam com um chapéu, porque a jiboia que comeu o elefante assumiu a sua forma. Para explicar o desenho, o Piloto fez uma segunda versão, um raio X que revela o elefante dentro da jiboia.
Esta ilustração pretende demonstrar que nem sempre aquilo que vemos é a realidade. Assim como o primeiro desenho parecia para muitos um chapéu, na vida muitas coisas não são o que parecem à primeira vista.
A Serpente
Este é o primeiro personagem que o Pequeno Príncipe encontra na Terra. É possível fazer um paralelismo com a serpente do livro e a serpente da Bíblia, que convenceu Adão e Eva a comer o fruto proibido, o que resultou na expulsão do Éden. A cobra de Saint-Exupéry é responsável por enviar o Pequeno Príncipe à sua casa através da sua mordida venenosa.
Ela representa o fenômeno da morte e, apesar de falar por enigmas, não requer tanta interpretação como outros personagens porque fala com franqueza.
O Rei
O Pequeno Príncipe encontra o Rei no primeiro planeta que visita. Apesar de pensar que ele governa todo o Universo, o seu poder é vazio porque ele só pode dar ordenar coisas que aconteceriam mesmo sem que ele mandasse. Ele faz tudo para que o Pequeno Príncipe ficasse com ele, mas como não consegue, o nomeia seu embaixador quando ele vai embora.
O rei é mandão, mas tem um bom coração e ensina a lição que “é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar”.
O Bêbado
Elemento envolvido em tristeza que afirma que bebe para esquecer a vergonha de beber. O Pequeno Príncipe fica com pena dele, mas ao mesmo tempo fica intrigado com a sua atitude perante a vida.
O bêbado representa a ignorância e as pessoas que tentam fugir da realidade ou resolver um determinado problema através de um vício.
O Homem de Negócios
Completamente envolvido nos seus cálculos, o Homem de Negócios quase não nota a presença do Pequeno Príncipe. Este personagem se apropria das estrelas, afirmando ser mais rico desse jeito. O Pequeno Príncipe entende que a sua lógica é parecida com a do Bêbado e afirma que não vale a pena ser dono de alguma coisa se não se cuida delas.
O homem de negócios tem a função de caricatura dos adultos, que muitas vezes estão tão envolvidos nos seus negócios que não conseguem aproveitar a vida. É o único personagem criticado abertamente pelo Pequeno Príncipe.
O Acendedor de Lampiões
Inicialmente o Pequeno Príncipe pensa que é apenas mais uma pessoa com comportamento ridículo e sem propósito. No entanto, ao verificar a devoção e empenho no seu trabalho, chega a admirá-lo. Tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia, mas o planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz com que o seu trabalho seja extenuante.
O Acendedor de Lampiões simboliza as pessoas que cumprem determinadas tarefas sem pensamento crítico, muitas vezes fazendo coisas sem sentido ou sem entender porquê.
O Geógrafo
Um homem com bastante conhecimento geográfico e que escreve vários livros. Não obstante a sua inteligência sobre outros lugares, não conhece nada sobre o seu próprio planeta, afirmando que não é a sua função explorá-lo. É ele que recomenda ao Pequeno Príncipe uma visita ao planeta Terra.
Quando o Geógrafo revela que não estuda as flores porque elas não duram para sempre, o Pequeno Príncipe fica preocupado e se arrepende de tê-la deixado.
O Astrônomo
O astrônomo turco foi o primeiro humano a descobrir o asteroide B-612, a casa do Pequeno Príncipe. Quando este personagem fez esta descoberta, ninguém acreditou porque ele vestia roupas típicas turcas. No entanto, foi ouvido quando, anos mais tarde, fez a apresentação com roupas ocidentais.
O astrônomo turco representa o problema da xenofobia e racismo na sociedade, onde pessoas são julgadas de acordo com a sua roupa, raça ou local de nascimento.
O Vaidoso
É o único habitante no seu planeta e tem uma enorme necessidade de ser reconhecido e elogiado pelos outros. Ele pergunta se o Pequeno Príncipe o admira e pede para que ele diga que é o mais inteligente, o mais bonito e o mais rico do planeta, o que é estranho para o protagonista, já que o vaidoso é a única pessoa existente por ali.
Este personagem ensina que nós não podemos depender dos elogios dos outros para encontrarmos o nosso valor.
Leia O Pequeno Príncipe
O clássico O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry encontra-se disponível em português para download gratuito em formato pdf.