Sabe o homem que a guerra não abona? Duvido, As armas o homem fabrica O ódio o homem aguça A justiça o homem corrompe E nunca aceita a verdade da sua insânia. Sabe o homem que a paz é precisa? Continuo a duvidar, Onde amizade houver, leva rancor Onde prevalecer concórdia, leva discórdia Onde houver abundância, semeia a fome E nunca desfarda a sua imunidade corrupta. Sabe o homem que é preciso amar? Divido ainda mais, Tantas lágrimas vertidas Tantos lares desfeitos Tantas crianças sem mães E o homem não reconhece o mal da violência. Sabe o homem que a indiferença mata? Duvido ainda mais e mais Tantas mãos andam por aí estendidas ao vento Tantas barriguinhas se desconectaram da fartura Tantos dormitórios ao relento na nossa praça E o homem faz da alma uma muralha de ferro. Tiago Ngana Chimbassi
Activista pelos direitos humanos, poeta, técnico em informática, programador em ascensão, estudante de comunicação, especialista em marketing, em métricas, costureiro, sapateiro, leitor assíduo e entre outras profissões.