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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2019

NO PRANTO DAS ALMAS

No pranto das almas, Amor se esconde, Coração explode, Botando chamas. Desamor, dor e ódio, Corações de ópio, Nada sentem, Senão emoções mortas de ontem. Arfam peitos Por culpa de preconceitos, Que ferem alma De quem só sabe amar e ama. No pranto das almas, Amor se esconde, E ninguém acode O clamor dos corações em chama. Tiago Ngana Chimbassi

ATRÁS DO TEMPO

Nas sobras Do tempo que ainda me sobra, Não farei das sobras A sombra da minha sombra. E do presente que ainda me sobrar, Jamais farei o tempo parar Na moleza dos meus pés, Ou nos solavancos da minha fraca fé. Nas sobras Do tempo que ainda me sobra, Saberei dar peso a cada passo, Para me livrar do sofrimento que nos foi imposto. Atrás do tempo Nos becos da incerteza, Que pintaram de pobreza Ao meu coração partido Vou lutar até libertar a vida. Tiago Ngana Chimbassi

07 DE SETEMBRO, SERÁ UMA OUTRA HORA, UM DIA, UM MÊS E UM ANO

Quando marcar as zero horas no relógio Quando tudo estiver no princípio, O mundo alterará profundamente. Quando finalmente já tudo se saber Será mais do que o suficiente, Pois, afinal será um meio-dia. Quando tudo evoluir para o quase impossível, Remexerá no invisível, A hora em que este homem que vos   escreve nasceu . Pois, descobrirão que já   passou dos 27 E é claro que tudo é possível, ter o 28! Mas não necessariamente, por que nem se sabe se terá o 29. [Mistério do tempo] Vivendo assim também se faz história, Se bem que é o fim, Quase meia noite. Numa nova comunicação global. Eis que me encontro de novo no inicio O relógio das zero horas. Nunca mais deu horas nem dará principio. Tiago Ngana Chimbassi

POETA DA SOMBRA

Nas penumbras do vago saber, Esconde o poeta da sombra, Com um olho posto no sol poente, Outro, nos quintais alheios. Poeta da sombra, Da sombra, fez seu posto de vigia, Ora mira pra o sul… Ora pra o leste das inverdades. Poeta da sombra, Veste-se das trevas, e se atreve Usar da palavra nua, Pra zombar do poder da palavra. Na meia-luz do seu posto de vigia, Tornou-se na dor da sua dor. Pra aliviar sua mágoa, Traz seu submundo à luz da ribalta. E como a sombra não se faz à luz, Poeta da sombra se virou instável; Ora aparece com a boca apinhada do entulho, Ora desaparece na sombra da sua própria sombra. E quando a cobiça lhe estica o torto olho, Sai da sombra pra se livrar do entulho, E voltar de imediato ao seu submundo, Deixando pra trás, a sujeira da sua louca mente. Tiago Ngana Chimbassi