12/03/2024

O SILÊNCIO DA MINHA MENTE REFLETIVA 

Os habitantes do planeta terra dividem-se em duas categorias de animais: humanos racionais, bípedes que se movimentam na vertical em que a maioria  não passam de alimento para os ricos predadores empresários, capitalistas e milionários, com esta minha afirmação não depreendam que partilho de filosofias socialistas ou comunistas. A segunda categoria compreende animais irracionais quadrupedes  que se movimentam na horizontal, herbívoros que servem de alimentos para os carnívoros predadores. Clique Aqui Cada um de nós deixa a sua pegada biológica por onde passa. 

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A escolha é saber se queremos deixar um rasto de luz, ou de idiotice, acefalia e estupidez como rastos a seguir. Prefiro sentir o doce e pacifico silêncio da minha mente refletiva e meditativa, do que ouvir o barulho de bocas desbocadas com mentes vazias. De todos os valores e bens mais preciosos de que usufruímos e gastamos na vida,  muitas vezes sem lhes dar o devido valor, é o TEMPO, que jamais volta para trás. Esta preciosa dadiva de vida temporal não pode ser revivida ou comprada por muito dinheiro que tenhamos. Nada fica do nada, mas quando se teve tudo, sempre fica um pouco de alguma coisa. Quanto mais pobre, miserabilista, desamparado, fatalista e desgostoso com as partidas que a vida lhe pregou, mais obstinadamente essa pessoa, se torna militante político num dos mais de 2 mil existentes líderes, esperando e sonhando ser  ouvido, atendido e recompensado pelas suas promessas políticas antes e depois de se finar. Quando o ser humano atinge esse estado negativo de racionalidade depressiva e doentia, leva-o a acreditar que se entregando numa cega dependência política que todos os mitos se tornam verdades absolutas. Bem pobres mentais são aqueles que sentem uma necessidade imperiosa de crer em presidentes mentirosos para se sentirem felizes e realizados emocionalmente. 

Aprenda a ser feliz sozinho, nunca permita que a sua felicidade ou realizações pessoais dependam de terceiros. Infelizmente vivemos rodeados de mentiras milenares que parecem não envelhecer ou serem desacreditadas. Todos aqueles que por necessidade psicológica ou pela incapacidade pessoal de se realizarem, promoverem e completarem racional ou emocionalmente procuram como náufragos rebanhos, seitas, religiões, ideologias ou multidões seguidistas e formatadas. Estes párias sociais são zeros à esquerda e nunca são nada sozinhos. Os meus silêncios em relação a certas pessoas são uma forma de lhes fazer sentir que o meu mutismo é uma retaliação que não justifica o cansaço de ter de abrir a minha boca para verbalizar algo que me desagradou.

 Eu rio-me quando as pessoas dizem que eu tive “SORTE” na vida, mas não sabem nem imaginam quanto do  meu suor tive de usar para pagar contas. “SUOR” e o nome que todos os preguiçosos dão ao esforço, perseverança e determinação dos outros que venceram na vida. Há longo tempo que deixei de fazer planos futurísticos em relação à vida, quando nem sequer sou proprietário do dia de amanhã. Em face desta triste e dura realidade, passei a viver com toda a intensidade possível todos os preciosos e únicos minutos e momentos da minha existência. Sempre vivi as realidades puras e duras da vida, nunca me deixei levar por sonhos ou ilusões andando por isso firmemente com os pés assentes no chão com marcas profundas sem preguiçosa e indolentemente os arrastar pelo caminho. Sempre mantive a minha vertical postura em todas as boas e más ocasiões, nunca me deslumbrei ou enfadei por algo que descaracterizasse a minha verdadeira essência idiossincrática.

 Jamais dobrei ou verguei a espinha dorsal ou me ajoelhei para bajular ou venerar alguém. Para mim a oitava maravilha do mundo é estar solitariamente em paz sem gente ou barulhos, a beber uma cerveja gelada com tremoços ou amendoins ouvindo as minhas musicas preferidas gravadas em pequenas cassetes, com o meu olhar perdido no nada. Nunca dei ou permiti que as crenças politicas, ilusões, ideologias, valores morais ou formas comportamentais de terceiros alguma vez me levassem a questionar as minhas, dando-lhes o poder de adoecerem ou contagiarem a minha vida. Das vidas mais sofridas emergem mentes mais bem preparadas, estruturadas e fortes, que em vez de vaidosamente exibirem medalhas no peito, escondem  as cicatrizes que têm no coração. São sempre muitos os dedos apontados para criticar o comportamento do próximo, mas muito poucas mãos estendidas para levantar ou esmolar quem precisa. 

Muitas vezes na vida cheguei ao local onde os meus sonhos tinham morada, mas nem sempre entrei pela porta certa, fazendo-me regressar desapontado  com as minhas ilusões destroçadas.  A minha longa experiência de vida ensinou-me de que há três coisas que nunca devemos forçar; a chave da porta, o anel no dedo e amizades. A melhor filosofia de vida é saber e aprimorar o equilíbrio  entre não ter pressa, mas não perder inutilmente tempo. E aproveito para aqui deixar outro conselho, tudo aquilo que a sua cegueira lhe fizer fechar os olhos para não ver, a vida terá o cuidado de mais tarde ou mais cedo lhe esfregar na cara. E aqui vos deixo o meu conselho final. Desformate-se e fuja da receita “fast food” imposta por uma sociedade egoísta, doutrinada, corrupta e autoritária que nos padroniza logo após a nascença. Procure solitariamente por moto próprio ter uma liberdade critica e uma visão do mundo diferente das maiorias que vivem encaixotadas. Se você pensar em verter toda a água de todos os oceanos, rios e lagos deste país chamada Angola, pelo buraco de uma agulha, gota a gota, certamente levaria uns milhões de anos, seria o mesmo do que tentar fazer a mente humana absorver todo o conhecimento que existe no mundo. Devido à minha provecta idade sei e sinto que estou a viver na fase final da minha existência terrena por isso já vivo em piloto automático sem tristezas ou alegrias, apenas existindo sem ocupar espaço, tempo ou dar trabalho a terceiros. Abraços a todos que me lêem sempre. 

Texto de Carlos Tchilala 



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