A solidão se aperta Quando o sol se vai dormir, Quando olho e não te vejo, Quando a lua distante sorri À vida vegetativa que levo No escuro da noite gélida. Quando a noite se amadurece, Meus olhos choram, Minha alma se evade do corpo, Parte-se meu pobre coração Aos bocados comidos pela dor. Quando não se ouve O zumbir das abelhas No jardim de pétalas adormecidas, Lembro-me de ti e dos beijos Cativantes que trocávamos Nas sombras cingidas de rosas. O tempo se foi E levou alegrias doutros tempos. No silêncio das minhas dores, Verto lágrimas do passado No presente que não soube prevenir, Razão da tua partida E da minha adesão ao mundo da solidão. Tiago Ngana Chimbassi
Activista pelos direitos humanos, poeta, técnico em informática, programador em ascensão, estudante de comunicação, especialista em marketing, em métricas, costureiro, sapateiro, leitor assíduo e entre outras profissões.