01/05/2019

BONS PAIS DÃO PRESENTES, PAIS BRILHANTES DÃO SEU PRÓPRIO SER - AGUSTO CURY

 

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Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver em seus filhos: autoestima, protecção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir.
Bons pais atendem, dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de aniversário, compram ténis, roupas, produtos electrónicos, proporcionam viagens. Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo.
Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus filhos, mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais.
Os pais que vivem em função de dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis.
Você quer ser um pai ou uma mãe brilhante? Tenha coragem de falar sobre os dias mais tristes da sua vida com seus filhos.
Tenha ousadia de contar sobre suas dificuldades do passado. Fale das suas aventuras, dos seus sonhos e dos momentos mais alegres de sua existência. Humanize-se.
Transforme a relação com seus filhos numa aventura. Tenha consciência de que educar é penetrar um no mundo do outro. Muitos pais trabalham para dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro da sua vida para eles. Infelizmente, seus filhos só vão admirá-los no dia em que eles morrerem.
Por que é fundamental para a formação da personalidade dos filhos que os pais se deixem conhecer? Porque esta é a única maneira de educar a emoção e criar vínculos sólidos e profundos. Quanto mais inferior é a vida de um animal, menos dependente ele é dos seus progenitores.
Nos mamíferos há uma dependência grande dos filhos em relação aos pais, pois eles necessitam não apenas do instinto, mas de aprender experiências com seus pais para poderem sobreviver.
Na nossa espécie essa dependência é intensa. Por quê? Porque as experiências aprendidas são mais importantes do que as instintivas.
Uma criança de sete anos é muito imatura e dependente dos seus pais, enquanto muitos animais com a mesma idade já são idosos.

Como ocorre esse aprendizado?

Eu poderia escrever centenas de páginas sobre o assunto, mas neste livro comentarei apenas alguns fenômenos envolvidos no processo.
O aprendizado depende do registro diário de milhares de estímulos externos (visuais, auditivos, táteis) e internos (pensamentos e reações emocionais) nas matrizes da memória. Anualmente arquivamos milhões de experiências.
Diferentemente dos computadores, o registro em nossa memória é involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (registro automático da memória). Nos computadores, decidimos o que registrar; na memória humana, o registro não depende da vontade humana. Todas as imagens que captamos são registradas automaticamente. Todos os pensamentos e emoções — negativos ou saudáveis — são registrados involuntariamente pelo fenômeno RAM.
Os vínculos definem a qualidade da relação. O que seus filhos registram de você? As imagens negativas ou positivas? Todas. Eles arquivam diariamente os seus comportamentos, sejam eles inteligentes ou estúpidos.
Você não percebe, mas eles o estão fotografando a cada instante. O que gera os vínculos inconscientes não é só o que você diz a eles, mas também o que eles veem em você. Muitos pais falam coisas maravilhosas para suas crianças, mas têm péssimas reações na frente delas: são intolerantes, agressivos, parciais, dissimulados.
Com o tempo, cria-se um abismo emocional entre pais e filhos. Pouco afeto, mas muitos atritos e críticas.
Tudo que é registrado não pode mais ser deletado, apenas reeditado através de novas experiências sobre experiências antigas. Reeditar é um processo possível, mas complicado.
A imagem que seu filho construiu de você não pode mais ser apagada, só reescrita. Construir uma excelente imagem estabelece a riqueza da relação que você terá com seus filhos.
Outro papel importante da memória é que a emoção define a qualidade do registro. Todas as experiências que possuem um alto volume emocional provocam um registro privilegiado. O amor e o ódio, a alegria e angústia provocam um registro intenso.
A mídia descobriu, sem ter conhecimentos científicos, que anunciar as misérias humanas fisga a emoção e gera concentração. De fato, acidentes, mortes, doenças, sequestros geram alto volume de tensão, conduzindo a um arquivamento privilegiado dessas imagens.
Nossa memória tornou-se assim uma lata de lixo. Não é à toa que o homem moderno é um ser intranquilo, que sofre por antecipação e tem medo do amanhã.

Fica mais barato perdoar

Se você tem um inimigo, fica mais barato perdoá-lo. Faça isso por você. Caso contrário, o fenómeno RAM o arquivará privilegiadamente. O inimigo dormirá com você e perturbará seu sono. Compreenda as suas fragilidades e perdoe-o, pois só assim você ficará livre dele. Ensine seus filhos a fazer do palco da sua mente um teatro de alegria, e não um palco de terror.
Leve-os a perdoar as pessoas que os decepcionam. Explique a eles este mecanismo. Nossas agressividades, rejeições e atitudes impensadas podem criar um alto volume de tensão emocional em nossos filhos, gerando cicatrizes para sempre.
Precisamos entender como se organizam as características doentias da personalidade. O mecanismo psíquico é o seguinte: uma experiência dolorosa é registrada automaticamente no centro da memória.
A partir daí ela é lida continuamente, gerando milhares de outros pensamentos. Estes pensamentos são novamente registrados, gerando as chamadas zonas de conflitos no inconsciente.
Se você errou com seu filho, é insuficiente apenas ser dócil com ele num segundo momento. Pior ainda, não tente compensar sua agressividade comprando-o, dando-lhe coisas.
Deste modo, ele o manipulará e não o amará. Você só reparará sua atitude e reeditará o filme do inconsciente se penetrar no mundo dele, se reconhecer seu exagero, se falar com ele sobre sua atitude. Declare a seus filhos que eles não estão no rodapé da sua vida, mas nas páginas centrais da sua história.
Nos divórcios é comum o pai prometer aos filhos que jamais os abandonará. Mas quando diminui a temperatura da culpa, alguns pais também se divorciam dos seus filhos.
Os filhos perdem a sua presença, às vezes não física, mas emocional. Os pais deixam de curtir, sorrir, elogiar e ter momentos agradáveis com os filhos.
Quando isso acontece, o divórcio gera grandes sequelas psíquicas. Se a ponte for bem feita, se a relação continuar a ser poética e afectiva, os filhos sobreviverão à turbulência da separação dos seus pais e poderão amadurecer.

Seus filhos não precisam de gigantes

A individualidade deve existir, pois ela é o alicerce da identidade da personalidade. Não há homogeneidade no processo de aprender e no desenvolvimento das crianças (Vigotsky, 1987).
Não há duas pessoas iguais no universo. Mas o individualismo é prejudicial. Uma pessoa individualista quer que o mundo gire em torno de sua órbita, sua satisfação está em primeiro lugar, mesmo se isso implicar o sofrimento dos outros.
Uma das causas do individualismo entre os jovens é que os pais não cruzam a sua história com a de seus filhos.
Mesmo que você trabalhe muito, faça do pouco tempo disponível grandes momentos de convívio com seus filhos. Role no tapete. Faça poesias. Brinque, sorria, solte-se. Perturbe-os prazerosamente.
Certa vez, um filho de nove anos perguntou a um pai, que era médico, quanto ele cobrava por consulta. O pai disse-lhe o valor. Passado um mês, o filho aproximou-se do pai, tirou algumas notas do bolso, esvaziou seu cofre de moedas e disse-lhe com os olhos cheio de lágrimas: “Pai, faz tempo que eu quero conversar com você, mas você não tem tempo. Consegui juntar o valor de uma consulta. Você pode conversar comigo?”
Seus filhos não precisam de gigantes, precisam de seres humanos. Não precisam de executivos, médicos, empresários, administradores de empresa, mas de você, do jeito que você é.
Adquira o hábito de abrir seu coração para os filhos e deixá-los registrar uma imagem excelente da sua personalidade. Sabe o que acontecerá? Eles se apaixonarão por você. Terão prazer em procurá-lo, em estar perto de você. Quer coisa mais gostosa do que isto?
A crise financeira, as perdas ou as dificuldades poderão arremeter-se sobre a relação de vocês, mas, se ela tem alicerces, nada a destruirá. De vez em quando, chame um dos seus filhos sozinho e almoce ou faça programas diferentes com ele.
Diga o quanto ele é importante para você. Pergunte como está a vida dele. Fale sobre seu trabalho e seus desafios. Deixe seus filhos participarem da sua vida. Nenhuma técnica psicológica funcionará se o amor não funcionar.
Se você passar por uma guerra no trabalho, mas tiver paz quando chegar em casa, será um ser humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de casa e viver uma guerra na sua família, a infelicidade será sua amiga.
Muitos filhos reconhecem o valor dos seus pais, mas não o suficiente para admirá-los, respeitá-los, tê-los como mestres da vida. Os pais que estão tendo dificuldades com os filhos não devem sentir-se culpados.
A culpa engessa a alma. Na personalidade humana nada é definitivo. Você pode e deve reverter esse quadro. Você tem experiências riquíssimas que transformam sua história num filme mais interessante do que os de Hollywood.
Se você duvida disso é porque talvez nem se conheça e, pior ainda, nem mesmo se admire.
Liberte a criança feliz que está em você. Liberte o jovem alegre que vive na sua emoção, mesmo que seus cabelos já tenham embranquecido. É possível recuperar os anos. Deixe seus filhos descobrirem seu mundo.
Abra-se, chore e abrace-os. Chorar e abraçar são mais importantes do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhes montanhas de críticas.

Repassado pelo Tiago Ngana Chimbassi

LIVRO O PEQUENO PRÍNCIPE, DE SAINT-EXUPÉRY

O Pequeno Príncipe é uma obra literária do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, que conta a história da amizade entre um homem frustrado por ninguém compreender os seus desenhos, com um principezinho que habita um asteroide no espaço.
O título original é Le Petit Prince, e o livro foi publicado pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos.
Esta obra é marcada pelo seu alto teor filosófico e poético, mesmo sendo considerada a princípio uma literatura para crianças.
O Pequeno Príncipe é o terceiro livro mais traduzido do mundo, contabilizando aproximadamente mais de 160 idiomas, e um dos mais vendidos por todo o planeta. O clássico ganhou diversas adaptações, seja no cinema ou em espetáculos teatrais e musicais.

Resumo do Livro O Pequeno Príncipe

O autor do livro é o personagem principal da história, que assume também o papel de narrador, contando sobre o fatídico dia em que o seu avião teria caído no meio do deserto do Saara.
Lá, o personagem principal adormece e, ao acordar, se depara com o Pequeno Príncipe, que pede para que ele desenhe um cordeiro numa folha de papel.
O protagonista é frustrado em relação aos seus desenhos, pois nunca ninguém conseguia interpretar as suas artes da forma correta.
Ao longo da história, o Pequeno Príncipe vai narrando as suas aventuras para o protagonista.
O jovem estaria a procura de um carneiro para comer as árvores que estariam crescendo em excesso em sua terra, um asteroide conhecido por B 612, que teria apenas uma rosa vermelha e três vulcões, sendo um deles inativo.
Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo como as pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida conforme vão crescendo.
Primeira edição de O pequeno príncipe publicada nos Estados Unidos em 1943.
Primeira edição de O pequeno príncipe publicada nos Estados Unidos, em 1943.

Análise de Frases do Livro O Pequeno Príncipe

A parábola do "Pequeno Príncipe" debate, entre outras questões filosóficas, a perda da inocência e fantasia ao longo dos anos, conforme as pessoas vão crescendo e abandonando a infância. Descubra abaixo as frases mais importantes que norteiam a obra e dão a ela uma profundidade ímpar:
"O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração."
Esta obra literária aborda em várias partes o valor das coisas. Através desta afirmação da Raposa, podemos concluir que o verdadeiro valor de algo ou de alguém não pode ser visto com uma visão superficial. Para conhecer o que é essencial é preciso ver com o coração, ou seja, tirar tempo para conhecer, olhar sem preconceito e sem discriminar.
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante."
Esta frase descreve o laço afetivo existente entre o Pequeno Príncipe e a Rosa. Podemos concluir com esta frase que o que torna as coisas ou pessoas importantes é o tempo que nós investimos nelas. Quanto mais tempo, mais importante se torna nas nossas vidas.
"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz."
Com esta declaração, a Raposa expressa o carinho que sente pelo Pequeno Príncipe. O mesmo acontece entre pessoas que gostam uma da outra, existe esse sentimento de antecipação quando se sabe que vai haver um encontro.
"As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes."
As duas estruturas mencionadas (muros e pontes) servem para designar atitudes no contexto da interação social. Os muros servem para criar uma separação entre dois lugares, enquanto as pontes têm a função oposta, ou seja, são construídas para conectar dois lugares. Assim, quem é solitário se afasta das outras pessoas, construindo muros e não pontes.
"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou."
Esta frase revela o perigo e a insensatez de generalizar, julgar e avaliar uma pessoa por alguma coisa que aconteceu no passado. Isso também pode ser aplicado ao tópico da discriminação e preconceito racial. Só porque alguém foi magoado por uma pessoa de uma determinada classe, raça, gênero ou grupo social, não significa que todas as pessoas são iguais.
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
O fenômeno de “cativar” algo ou alguém é amplamente abordado neste livro. Esta frase explica que, quando é formado um relacionamento (seja ele amoroso ou de amizade), as pessoas se cativam e ao cativar, são responsáveis por ela. Isso significa que o amor ou amizade requerem responsabilidade. O Pequeno Príncipe cativou a Rosa e por esse motivo tornou-se responsável por ela, dando resposta aos seus desejos e caprichos.

Personagens do Livro O Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe

O pequeno príncipe
O personagem que dá o nome ao livro é um dos dois protagonistas da história. Esta criança vem do asteroide 325 (conhecido na Terra como B-612) e deixa a sua casa e a sua querida rosa para viajar pelo Universo. Nos vários planetas que visita, tem contacto pela primeira vez com adultos e fica espantado com o comportamento adulto e com as suas incoerências.
O Pequeno Príncipe representa a infância inconsciente dentro de cada adulto, simbolizando sentimentos de amor, esperança e inocência.

O Piloto

O piloto
Assume o protagonismo da história juntamente com o Pequeno Príncipe e tem a função de narrador. Quando era criança, o piloto tinha o sonho de ser um artista, mas foi desencorajado por adultos à sua volta. Apesar disso, o piloto faz vários desenhos para o Pequeno Príncipe e revela que a sua visão do mundo é mais parecida com a de uma criança.
O piloto simboliza a atitude de perseguir e lutar pelos sonhos. A sua busca pelo poço no deserto revela a importância de aprender as lições através da exploração pessoal.

A Rosa

A rosa
Elemento que é objeto do amor do Pequeno Príncipe, mas graças ao seu comportamento contraditório faz com que ele parta em viagem. A Rosa tem uma atitude melodramática e orgulhosa e é simultaneamente convencida e ingênua. O Pequeno Príncipe cede aos seus caprichos e, como cuida muito bem da Rosa, a sua memória faz com que queira regressar ao seu lar.
Ela simboliza, portanto, o amor que deve ser cultivado e cuidado. Apresenta características humanas, tanto boas como más.

A Raposa

A raposa
Aparece na história de forma repentina e misteriosa e estabelece um relacionamento de amizade com o Pequeno Príncipe. Apesar de pedir para ser domada pelo seu amigo, a raposa atua não só como pupila, mas como sua tutora, ensinando-lhe valiosas lições.
Representa a sabedoria pois ensina valiosas lições ao rapazinho, sendo as mais importantes: só o coração consegue ver corretamente; o tempo que o Pequeno Príncipe passou longe do seu planeta fez com que valorizasse mais a Rosa; o amor implica uma responsabilidade.

O Carneiro e a Caixa

O carneiro e a caixa
Quando o Pequeno Príncipe pediu ao Piloto para desenhar um carneiro, não ficou satisfeito com o resultado. Assim, o Piloto desenhou uma caixa, afirmando que dentro dela vivia o carneiro que o Pequeno Príncipe tinha pedido para desenhar.
A caixa simboliza o poder da imaginação, capaz de ajudar a contornar problemas que aparecem no dia a dia. O Pequeno Príncipe fica preocupado que o carneiro coma a sua Rosa. Por esse motivo, o carneiro representa a dualidade da entrega do amor: dá prazer, mas também pode ser uma porta para o sofrimento.

Elefante dentro da Jiboia

elefante
Este é um desenho feito pelo Piloto e que é revelado ao Pequeno Príncipe. Inicialmente os adultos não entendiam o desenho e o confundiam com um chapéu, porque a jiboia que comeu o elefante assumiu a sua forma. Para explicar o desenho, o Piloto fez uma segunda versão, um raio X que revela o elefante dentro da jiboia.
Esta ilustração pretende demonstrar que nem sempre aquilo que vemos é a realidade. Assim como o primeiro desenho parecia para muitos um chapéu, na vida muitas coisas não são o que parecem à primeira vista.

A Serpente

serpente
Este é o primeiro personagem que o Pequeno Príncipe encontra na Terra. É possível fazer um paralelismo com a serpente do livro e a serpente da Bíblia, que convenceu Adão e Eva a comer o fruto proibido, o que resultou na expulsão do Éden. A cobra de Saint-Exupéry é responsável por enviar o Pequeno Príncipe à sua casa através da sua mordida venenosa.
Ela representa o fenômeno da morte e, apesar de falar por enigmas, não requer tanta interpretação como outros personagens porque fala com franqueza.

O Rei

o rei
O Pequeno Príncipe encontra o Rei no primeiro planeta que visita. Apesar de pensar que ele governa todo o Universo, o seu poder é vazio porque ele só pode dar ordenar coisas que aconteceriam mesmo sem que ele mandasse. Ele faz tudo para que o Pequeno Príncipe ficasse com ele, mas como não consegue, o nomeia seu embaixador quando ele vai embora.
O rei é mandão, mas tem um bom coração e ensina a lição que “é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar”.

O Bêbado

o bebado
Elemento envolvido em tristeza que afirma que bebe para esquecer a vergonha de beber. O Pequeno Príncipe fica com pena dele, mas ao mesmo tempo fica intrigado com a sua atitude perante a vida.
O bêbado representa a ignorância e as pessoas que tentam fugir da realidade ou resolver um determinado problema através de um vício.

O Homem de Negócios

O Homem de Negócios
Completamente envolvido nos seus cálculos, o Homem de Negócios quase não nota a presença do Pequeno Príncipe. Este personagem se apropria das estrelas, afirmando ser mais rico desse jeito. O Pequeno Príncipe entende que a sua lógica é parecida com a do Bêbado e afirma que não vale a pena ser dono de alguma coisa se não se cuida delas.
O homem de negócios tem a função de caricatura dos adultos, que muitas vezes estão tão envolvidos nos seus negócios que não conseguem aproveitar a vida. É o único personagem criticado abertamente pelo Pequeno Príncipe.

O Acendedor de Lampiões

o acendedor de lampioes
Inicialmente o Pequeno Príncipe pensa que é apenas mais uma pessoa com comportamento ridículo e sem propósito. No entanto, ao verificar a devoção e empenho no seu trabalho, chega a admirá-lo. Tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia, mas o planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz com que o seu trabalho seja extenuante.
O Acendedor de Lampiões simboliza as pessoas que cumprem determinadas tarefas sem pensamento crítico, muitas vezes fazendo coisas sem sentido ou sem entender porquê.

O Geógrafo

o geógrafo
Um homem com bastante conhecimento geográfico e que escreve vários livros. Não obstante a sua inteligência sobre outros lugares, não conhece nada sobre o seu próprio planeta, afirmando que não é a sua função explorá-lo. É ele que recomenda ao Pequeno Príncipe uma visita ao planeta Terra.
Quando o Geógrafo revela que não estuda as flores porque elas não duram para sempre, o Pequeno Príncipe fica preocupado e se arrepende de tê-la deixado.

O Astrônomo

o astronomo
O astrônomo turco foi o primeiro humano a descobrir o asteroide B-612, a casa do Pequeno Príncipe. Quando este personagem fez esta descoberta, ninguém acreditou porque ele vestia roupas típicas turcas. No entanto, foi ouvido quando, anos mais tarde, fez a apresentação com roupas ocidentais.
O astrônomo turco representa o problema da xenofobia e racismo na sociedade, onde pessoas são julgadas de acordo com a sua roupa, raça ou local de nascimento.

O Vaidoso

o vaidoso
É o único habitante no seu planeta e tem uma enorme necessidade de ser reconhecido e elogiado pelos outros. Ele pergunta se o Pequeno Príncipe o admira e pede para que ele diga que é o mais inteligente, o mais bonito e o mais rico do planeta, o que é estranho para o protagonista, já que o vaidoso é a única pessoa existente por ali.
Este personagem ensina que nós não podemos depender dos elogios dos outros para encontrarmos o nosso valor.

Leia O Pequeno Príncipe

O clássico O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry encontra-se disponível em português para download gratuito em formato pdf.

O SIMBOLISMO DA RAPOSA

 

rapo topoAnimal bonito e de natureza solitária, a raposa resume a ambivalência da consciência humana. Devido ao seu método de caça, as raposas são conhecidas pela sua astúcia e esperteza. Pela caraterística traiçoeira do animal, por sua vez, as pessoas que demonstram comportamentos desleais são metaforicamente chamadas de “raposa”. Na China e no Japão, a raposa é tida como um animal feiticeiro e feminino.
Em decorrência disso, costuma-se associá-la à natureza feminina instintiva e primitiva da mulher. Nesses países acredita-se que as bruxas, assim como as mulheres histéricas, costumam tomar a forma da raposa. Ela pode ainda aparecer simbolizando as almas penadas ou como o duplo da consciência humana. 
Leia também - Triângulo Cabalístico
No Japão, a raposa é, ainda, símbolo de fertilidade. É companheira de Inari - divindade xintoísta da abundância, da alimentação. Dessa forma, os comerciantes japoneses tem uma raposa em suas lojas a fim de que a mesma proteja o seu negócio. No baralho cigano a carta 14 representa a raposa, a qual é interpretada como aspeto negativista com o qual as pessoas devem acautelar-se, uma vez que apresenta a iminência de nos depararmos com pessoas traiçoeiras e hipócritas.
Na arte de tatuar, a raposa representa ambos os aspetos: o bem e o mau, o positivo e o negativo. A tatuagem é feita tanto por homens como por mulheres, mas tem uma expressão mais marcante no gênero feminino visto que a raposa está associada à natureza instintiva da mulher.
A evocação da raposa no Xamanismo está relacionada à cura para a memória, para capacidade de observação e perspicácia.
A conotação negativa da raposa é reforçada através do folclore e da literatura, onde frequentemente ela é referência de aspetos negativos. Em "A Raposa e as Uvas", conhecida fábula de Esopo, a raposa não consegue alcançar um bonito cacho de uvas para comer, afirmando, por fim, que as uvas devem ser insípidas e passadas. A moral retirada resume-se na expressão: “Quem desdenha quer comprar”. No clássico “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry, a raposa, todavia, não assume esse papel negativo. Desta vez, a raposa representa, entre outros, especialmente, a virtude e o amor


Divindade ou aberração? A raposa e o símbolismo dos japoneses

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Pergunta rápida: Qual o primeiro animal que vem a cabeça quando pensa no Japão? 3..2.. 1… tempo! Vamos lá. Imagino que alguns de vocês devem ter pensado numa carpa, daquela tatuada nas costas de um Yakuza? Ou talvez ter pensado naquele macaquinho japonês tomando banho numa terma natural no meio das neves? Mas sem dúvida, se você já assistiu algum anime ou dorama, deve ter pensado em raposas ou guaxinim. Apesar de existirem vários animais que conseguem ser facilmente associados ao Japão, esses dois animais representam um símbolo bastante íntimo na vida dos japoneses.
Um símbolo é o espelho que reflete a cultura de um povo. Mais ainda, se esse for um animal. Haja vista tantas estórias e mitologias criadas durante todos esses povos até hoje. Vamos dar um foco especial nas encantadoras histórias por trás do laço entre as raposas e os japoneses antigos – “antigos” porque 80% dos japoneses nem deve saber o motivo das raposas estarem nos templos japoneses. Nisso, você já vai estar a um passo na frente depois dessa leitura!

Dos tempos que a história se confunde com a mitologia

Vamos fazer uma viagem lá nas antiguidades do Japão. Era uma vez, nos tempos antigos, havia um Deus chamado Inari no kami, que segundo a mitologia japonesa ou no shintoismo, representa o Deus da agricultura, da colheita, etc. O natural é que comece a surgir “Deus” em cada coisa que acontece em volta e nos seus afazeres diários, principalmente nos tempos em que uma boa safra era questão de vida ou morte da sua família (Nada de lasanha congelada nos Konbini ou loja de conveniência do posto shell ao lado de casa). Um “Deus” acaba sendo uma figura importante para a necessidade do povo da época e não demoraria para alguem começar a disseminar tais crenças por outros cantos do Japão. No meio dessa disseminação, ops! dizem que acabaram escrevendo errado o nome do Inari no Kami e acabou passando que ele era um raposa-deus. Quem entende Kanji deve sacar melhor o que to falando.
Outros diziam que a associação do Deus à raposa foi por causa do pé-de-arroz se parecer com o rabo de uma raposa.
Há outra teoria que o processo foi contrário. Gosto dessa, pessoalmente. Como em outras culturas ao redor mundo, o povo japonês tinha uma grande dificuldade com os ratos nas plantações. Esses roedores arrasavam as colheitas que o pessoal se esforçou em cultivar durante as estações mais difíceis! Nisso, animais que caçavam os ratos acabavam ganhando uns pontos extras dos japoneses. A raposa era um desses animais. Começava a surgir a ideia de que era um símbolo abençoado de boa colheita, e assim, acabou sendo percebido como um represente de Deus da colheita, ou ele se confundir com ele próprio.
De uma forma ou outra, acredito que um pouco de cada teoria dessa tenha contribuído na percepção diferente da raposa. Foi assim que a raposa começou a virar um símbolo importante e ter um relacionamento íntimo com os japoneses.


A Raposa

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Símbolo de fertilidade, ela é no Japão a companheira de Inari, divindade da abundância, com a qual é às vezes identificada, a ponto de lhe ser prestado um culto. Inari é uma divindade xintoísta do alimento e da cultura de amoreiras para os bichos-de-seda. Não apenas é a protetora do alimento, mas muitos comerciantes e homens de negócios tem ainda em suas casas um pequeno altar consagrado à raposa, para que ela proteja seu comércio. O animal é chamado Kitsune, e uma supertição popular lhe atribui muitos casos de histeria ou de possessão demoníaca. Emprega-se pois o termo Inari no caso religioso [com sentido favorável] e Kitsune no sentido popular e desfavorável.
Sua associação com as divindades da fertilidade provém, sem dúvida, de seu vigor e da força de seus apetites, que também fazem delas, em quase todas as partes do mundo, machos dom-juans ou, como veremos, fêmeas provocadoras. Na China as raposas tinham a fama de possuir uma grande quantidade de força vital, pelo fato de viverem em buracos e de estarem, portanto próximas das forças geradoras da terra. Também é atribuida à raposa uma grande longevidade. Em inúmeras crenças no Extremo Oriente, acredita-se, às vezes, que a raposa possui o elixir da vida, ou então que ela dá origem a possessões demoníacas. Em certas regiões, ela exerce um papel de súcubo e, sobretudo de íncubo Ela se transforma em efebo para tentar as mulheres e, com mais frequência, em mulher para atrair os homens, crença da qual a sabedoria popular tira esta conclusão filosófica: uma raposa feiticeira fará só um pouco de mal ao homem, mas uma mulher que enfeitiça como uma raposa, esta fará um grande estrago.
Refletindo como um espelho as contradições humanas, a raposa poderia ser considerada como um duplo da consciência humana. Os chineses afirmam que é o único animal a saudar o nascer do sol: ele dobra as patas dianteiras e se prosterna. Procedendo desse modo durante diversos anos, é então capaz de se transformar e de viver no meio dos homens, sem despertar sua atenção: reflexo num espelho, tantos são os homens-raposas sob o sol.


A Raposa e sua simbologia


Na antiga Roma - A raposa era considerada um demônio do fogo. Na festa da deusa Ceres (deusa dos cereais, em especial, e do amor maternal), algumas raposas com tochas ardentes presas a cauda eram perseguidas através dos campos para esconjurar os incêndios das plantações. Como meio contra encantamentos, pregava-se na porta de casa uma estrela-do-mar pintada com sangue de raposa.
Para os Germanos - A raposa era o animal simbólico do deus enganador Loki.
Nas sagas Japonesas - Elas desempenham o papel de feiticeiras (que entretanto aparecem em outras formas também), e pede-se que sejam queimadas e as suas cinzas espalhadas pelo rio.
Na antiga China - Eram consideradas animais particularmente voluptuosos, motivo pelo qual os testículos de raposa macerados no vinho eram considerados um elixir de amor infalível; acredita-se também que uma cauda de raposa presa ao braço tivesse um efeito sexualmente excitante. Na China difundia-se a ideia de que a raposa (“Hu-li”) pudesse chegar aos mil anos e então, dotada de nove caudas, desenvolvesse capacidades especiais de sedução.
Na Ásia Oriental - As raposas são importantes símbolos eróticos.
No Norte da Áustria - “Raposa” era sinônimo de “diabo” (“que a raposa te carregue”)
No Baralho Lenormand é uma carta que representa a Comunicação. Para alguns ela apenas representa a falsidade, a armadilha, o engano, mas esse é o lado "noite sem lua" dela, uma lado que todos nós temos. Seu lado luminoso revela inteligência, uma pessoa batalhadora e culta, de conversa agradável, de gosto requintado e que não se deixa levar por conversas que visam a manipulação.
Este animal é chamado de traiçoeiro apenas por quem deseja manipular as pessoas. Por experiência própria convivi com pessoas que tentaram me manipular e me intimidar acreditando que eu era mais uma pessoa sem conhecimento de seus direitos (e deveres) e que cederia facilmente às chantagens impostas.
Eu não sou inculta, não sou idiota, não sou manipulável, não cedo a ameaças e nem a chantagens. Sou uma mulher que batalha pelo que quer, sou uma mulher que adora ler, se manter informada. Isso atrapalha os planos de quem gosta de se aproveitar dos outros. Se bem que já houve uma época em que deixei me levar pela conversa de um Rato com DNA de Raposa das Trevas e de Ratos o mundo está cheio.
Em geral
Prevalecem os significados simbólicos negativos da raposa. Entretanto, ocasionalmente ela é também atributo de santos, como por exemplo de São Bonifácio, embora na Bíblia ela personifique a perfídia e a maldade.


Animais de Poder - A raposa (No Xamanismo)


Ela é rastreadora dos caminhos da cura física externa. Tem a sensibilidade aguçada e mente bastante intuitiva.A medicina da raposa envolve adaptabilidade, astúcia, observação, inteligência e rapidez nos pensamentos e ações. Estes traços podem incluir também o poder de decidir rapidamente e de ter o pé no chão no mundo dos vivos. A medicina da raposa ensina a arte da unidade através da sua compreensão, de camuflagem. Ninguém pode adivinhar o poder astuto atrás de tais manobras engenhosas. Habilidade, esperteza, camuflagem, observação, integração, astúcia.
É a medicina da esperteza e da sutileza. A sensibilidade é aguçada e a mente bastante intuitiva. É evocada para sua harmonização com a natureza. Para reagir rapidamente a situações que apareçam para sentir mais e criar estratégias. Inteligência, astúcia e rapidez nos pensamentos e ações.


Raposa, símbolo de esperteza


Chamar alguém de raposa sempre tem uma conotação negativa, é aquele espertinho não muito honesto, só preocupado em saciar sua "fome". Realmente, a carta número 14 do Baralho Cigano, ou Lenormand, tem esse como um dos significados mais fortes: aquele que engana os demais para as coisas saírem exatamente como lhe convém.
Nas fábulas, a raposa se mantém como símbolo da esperteza, nunca se dá mal nem nunca se dá por vencida, como em A raposa e as uvas. Mas aí tem um ponto: o que é preciso para ser astuto? Ser inteligente! E a inteligência pode ser usada para o mal ou bem. Então, quando sai esta carta num jogo, dependendo do que tem em volta e do que foi perguntado, pode significar que estão pedindo que o consulente use a cabeça para se livrar de uma situação complicada: seja esperto que tudo se resolverá da melhor forma.
Em alguns baralhos, a lâmina 14 aparece como Armadilha. Se for um aviso, o consulente deve estar preparado para uma possível armação de outra pessoa ou então ficar atento àqueles amigos duas caras, o tipo que só pensa nele e se aproveita da sua amizade. Mas... como todos nós erramos e acertamos, existe a chance ainda do jogo sinalizar que o próprio consulente é o egoísta da história. Sim, porque quando se abre um jogo, não devemos achar que quem está ali é sempre vítima do mundo. Muitas vezes, ele também é agente causador dos conflitos. E isto não deve soar como um julgamento, mas um alerta ao consulente.
O Baralho Cigano foi criado por Mademoiselle Lenormand, uma francesa que teve entre sua clientela os nobres da corte de Napoleão Bonaparte. Ela se baseou nos arcanos menores do tarô tradicional, por isso, a versão mais antiga do seu jopgo tem 52 cartas, cada uma correspondendo a uma carta normal. Mas o que acabou pegando foi o Petit Lenormand, de apenas 36 cartas, sendo que cada uma, além da figura que traz um significado, também corresponde a uma carta tradicional (menos do 2 ao 5) de cada naipe. A Raposa, no caso, é o 9 de paus. O naipe de paus significa energia, criatividade e está ligado ao elemento fogo, e especificamente a carta 9 pode ser um alerta para adversidades. Pode significar também que, se for preciso lutar, o consulente terá força e ousadia para dar o melhor de si.


Significado das cartas do Baralho Cigano, Carta do Baralho Cigano 14 – A Raposa

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A Raposa como símbolo representa a capacidade de se adaptar às situações adversas, usando suas qualidades. Também está relacionada a todas as dualidades que a humanidade possui. A Raposa está muito relacionada com o aspecto feminino, mutável e intuitivo. Em algumas culturas acredita-se que as feiticeiras assumiam a forma de uma raposa. Já em outras, que o bardo tomasse esta forma, a fim de brincar com seus oponentes. A Raposa pode ainda ser o animal que ajudará pessoas revestidas de muita inocência.
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No Baralho Cigano, a Raposa apresenta o número 14, e pode conter ou não em sua lâmina o Nove de Paus. O número 14 é associado a O Papa, Arcano Maior do Tarot, V. A imagem que A Raposa procura destacar é a da armadilha. Geralmente é representada com a figura de uma raposa marrom, nada amistosa.

Significado da Carta de Baralho Cigano A Raposa

É uma carta que indica a figura de um homem ou mulher que tem ligação com o consulente. É uma pessoa ardilosa, que usa de elogios e falsa amizade para se aproveitar de qualquer vantagem que lhe interesse. Suas verdadeiras intenções estão sempre camufladas por ações aparentemente inofensivas, ou benéficas.
A Raposa é uma carta que revela a pessoa oportunista, que pode levar o consulente à falência, pois é uma pessoa que se apresenta sempre de maneira pomposa e superior, demonstrando ter o que não possui, e fazendo falsas promessas de ganho, ou de puro romance para o consulente.
Entretanto, é bom lembrar que A Raposa pode revelar uma pessoa que usa a astúcia para contornar seus obstáculos, sendo ágil e habilidosa, e neste sentido, a carta revela seu lado positivo. É necessário que se avaliem as cartas vizinhas, para desvendar o rela sentido desta carta.
Os pontos negativos da Carta A Raposa são: Traição; Artimanhas; Desafios.
Palavras – Chave: Esperteza; Ardil; Cuidado; Medo; Planejamento; Agilidade.
Mensagem da carta de Baralho Cigano A Raposa
A Raposa é uma carta que fala de alguém ligado ao consulente. É importante primeiramente identificar se esta influência é positiva ou negativa, portanto, avalie as cartas vizinhas.
Se a influência for positiva, o consulente convive com alguém que é muito inteligente e experiente, sabendo se livrar de empecilhos e dificuldades. É uma pessoa que “não dá ponto sem nó”. Suas estratégias são sempre arquitetadas com antecedência, e assim, na maioria das vezes, alcança o sucesso.
Sendo a influência negativa, o consulente tem com o que se preocupar. Esta pessoa é oportunista e age como sanguessuga, tirando proveito de quem cair em sua lábia de bom sujeito. É A Raposa sorrateira, que dá o golpe e leva a presa alheia! Se pensas estar cercado de amigos, eis a mensagem de A Raposa: Eu sou o Oportunista!

Interpretação 2 Carta do Baralho Cigano: A Raposa

A raposa é considerada por muitos um animal bonito, ágil e principalmente, traiçoeiro. As pessoas geralmente a relacionam como um bicho inteligente capaz de conseguir o que deseja se aproveitando de situações e emboscadas. O animal é capaz de criar as mais variadas emboscadas para conseguir capturar sua presa desprevenida e pronto, se aproveitar da mesma. Neste sentido também podemos relacioná-la à carta do baralho cigano que leva seu nome “A Raposa”.
Esta carta do baralho cigano sugere que é necessário manter-se atento à todos a sua volta para que não acabe como uma presa desprevenida. Ela pode representar uma emboscada ou enrascada na vida que se aproxima, sendo necessário observar todos a sua volta e claro, todas as pessoas que se aproximarem no futuro. Há que diga que esta carta está muito mais relacionada há uma situação do que uma pessoa específica, mas toda a atenção e observação nunca é demais.
Pessoas que possuem artimanhas para conseguir o que desejam são mais tendenciosas a lhe colocar em situações constrangedoras. Esta carta do baralho cigano está presente no naipe de Paus, uns dos mais difíceis devido às dificuldades e desafios que as cartas apontam. Ao mesmo tempo que ela ressalta uma possível emboscada ela também poderá indicar que é necessário desenvolver estratégias que lhe ajudem conquistar seu objetivo.
No caso, se você busca em busca da oportunidade certa a carta avisa para ficar atenta para agir no momento correto. Use das estratégias que desenvolveu ou que a vida oferece para saber aproveitar as oportunidades que surgem. Não as deixe passar, curta e use-as da forma que acreditar ser necessário. Esta carta do baralho cigano tende a deixar um pouco confuso, pois a mesma pode trazer tanto um significado positivo como também um pouco negativo. Para saber qual que encaixa mais com o contexto basta ver a carta que irá acompanhá-la, as duas demostrarão se o significado é positivo ou não.
Lado negativo: seu lado negativo é dirigido a malandragem, ao agir a espreita, traição, falsos colegas de trabalho.
Palavras que representa essa carta: Inteligência, rapidez, raciocínio e agilidade.
Mas a carta A Raposa do baralho cigano pode representar algo em outras áreas?
No amor a carta do baralho cigano sugere atenção às traições e deslealdade de seu (ua) companheiro (a). Leve isso em consideração para todas as relações afetivas que tiver, seja amigos ou até mesmo familiares. Fuja de situações que tendem a te enganar, e preste atenção também no âmbito profissional, não declare seus lucros, bens e até mesmo os pontos negativos de seu trabalho, negócio e assim em diante.


A raposa no reino animal

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A raposa é um mamífero carnívoro (alimentação baseada basicamente de carne de outros animais). Alimenta-se, principalmente, de pequenos roedores, coelhos, peixes, ovos, frutos e insetos. Os habitats das raposas são regiões de clima temperado. Podemos encontrar este animal na América do Norte, Eurásia, Austrália, norte da Europa e norte da África. Escolhem locais para viver em que podem encontrar alimentação em grande quantidade. A maioria das espécies possui focinho fino, orelhas pontudas, cauda peluda e olhos pequenos e triangulares.
Uma raposa saudável vive, em média, 10 anos de idade. Guardam os alimentos em diversos esconderijos. As principais espécies são: raposa-das-estepes, raposa-vermelha (mais conhecida), raposa-do-ártico, raposa-cinzenta, raposa-orelhuda, raposa-do-campo e raposa-das-ilhas. Possuem pêlos densos e macios, que cobrem todo o corpo. Possuem hábitos de vida crepusculares e noturnos (quando saem para caçar e reproduzir).
Assim como os cães, desenvolveram um faro bastante apurado. Entre dezembro e março é o período de reprodução das raposas. A gestação dura entre 51 e 53 dias. Cada fêmea dá a luz de 2 a 5 filhotes por gestação. O macho e a fêmea cuidam dos filhotes. Uma raposa adulta costuma pesar de 6 a 10 quilos (macho). As fêmeas pesam um pouco menos (de 4 a 8 quilos).

Distribuição geográfica

No Norte da América, a raposa-vemelha é encontrada no Canadá e nos Estados Unidos. Também é encontrada na Europa, Norte da África, Oriente Médio, Noroeste da Índia, Austrália e algumas ilhas do Pacífico. Ela não é nativa na maior parte destas regiões, tendo sido introduzida pelos colonizadores ingleses que a caçam por esporte. Na América do Norte foram introduzidas no século XVII. Inicialmente na costa Leste, mas de lá se espalharam para o Oeste e Sul. No Nordeste dos Estados Unidos, elas acasalaram com as raposas-vemelhas nativas, produzindo várias subespécies. No século XIX elas foram introduzidas na Austrália para controlar a explosão da população de coelhos, ironicamente também introduzidos pelo homem.

Hábitos alimentares

A raposa-vemelha come de tudo e por esta razão tornaram-se predadoras bem sucedidas. Ela é onívora e come roedores, pequenos mamíferos, frutas, vegetação, insetos, restos humanos, pequenos veados e até javalis. A base da dieta é composta de roedores e coelhos. Consomem de 0,5 a 1 kg de alimento diariamente. Nada é desperdiçado! Se há muito alimento para uma só refeição, a raposa guarda o restante para comer depois. No outono alimentam-se mais de frutas e grãos e também de plantações em fazendas, como repolhos e nabos.
Suas táticas de caça são muito semelhantes às dos felídeos. Ela se aproxima furtivamente da presa e ataca de surpresa. Normalmente caça nos campos, onde os roedores são abundantes. Sua excelente audição permite ouvir o barulho dos ratos andando na grama e mesmo em suas tocas. Ela espera que eles saiam da toca e pula sobre eles.

Tamanho e Peso

Do chão até a altura do ombro, a Raposa-Vemelha tem de 35 a 40 cm. A cabeça e o corpo de 58 a 90 cm de comprimento. A cauda mede de 32 a 49 cm. Pesa de 3 a 7g.

Características da reprodução

A época de acasalamento ocorre entre Dezembro nas regiões mais próximas do Equador e em Abril nas mais distantes. As fêmeas reproduzem apenas uma vez ao ano. O cio dura por volta de 3 semanas, sendo que a fêmea é receptiva apenas por 3 dias. A porcentagem de fêmeas que procriam está diretamente relacionada à população de presas na região.
As fêmeas dão à luz em uma caverna, em uma toca escavada por ela mesmo ou em alguma toca abandonada. Algumas vezes o local escolhido é usado por várias gerações. Os filhotes (de 3 a 4) nascem pesando de 50 a 150 g. Ao nascerem eles são marrom escuro ou preto. Seus olhos só abrem depois de 9 a 14 dias de vida. Já as orelhas dobradas só ficam eretas com 4 semanas. Depois de 1 mês de idade começam a sair da toca e a comer alimento sólido. Com 6 semanas eles desenvolvem a coloração adulta e começam a alimentar-se por conta própria (as primeiras presas normalmente são minhocas).
Se mais de uma raposa der cria na mesma caverna, elas se ajudam a criar os filhotes. O macho ajuda fornecendo alimento. A família se separa no outono. Com 6 meses de idade, os machos abandonam a família primeiro. Eles viajam grandes distancias (até 30 km) para estabelecer seu próprio território. As fêmeas tendem a ficar no local onde nasceram e estabelecem seu território dentro do território da mãe. Com 10 meses de vida elas atingem a maturidade sexual e procriam na primavera seguinte.

Particularidades

O tamanho da raposa-vemelha varia muito dependendo da região onde vive. Os machos costumam ser em torno de 20% maiores que as fêmeas. O corpo é delgado e longo e as pernas são finas. A cauda é longa e representa uma parte significante do seu comprimento total. Seu focinho é longo, pontudo e estreito. As orelhas largas são triangulares e estão no topo da cabeça. Uma característica curiosa da Raposa-Vemelha é que sua pupila tem o formato de uma fenda vertical, parecida com a do gato-doméstico e de outros membros da família Felidae. Os olhos são amarelos. As patas da frente possuem 5 dedos, enquanto as traseiras possuem 4. As patas dianteiras são maiores que as traseiras e as unhas, como a dos outros canídeos, são duras e não retráteis.
Embora seja chamada de vermelha, sua coloração varia do vermelho escuro ao laranja pálido, passando por todas as tonalidades entre estas. Sua face, mandíbula inferior, garganta, peito, as partes inferiores e a ponta da cauda são creme claro ou branco.A cauda tem faixas escuras. As patas são mais escuras que o corpo e, freqüentemente são pretas. Existem variações de coloração. Uma delas é chamada de raposa-prata. A raposa-prata é preta com partes cinzas ou brancas nas costas e laterais. Também há outra variação preta, apenas com as pontas dos pelos vermelhos. Há ainda raposas inteiramente pretas.
Vivem em uma estrutura social hierárquica. Entretanto, há variações na organização desta estrutura. O mais comum é um par com seus filhotes da última cria. Também já foram estudadas organizações sociais compostas de um único macho e várias fêmeas. Neste caso, há apenas uma fêmea dominante, que é a única a reproduzir. A maior parte da população de raposas é composta de machos e fêmeas que não reproduzem. São poucas as fêmeas aptas a reproduzir. A Raposa-Vemelha é territorial e ataca intrusos. O tamanho do território varia bastante e depende do tipo de habitat e da disponibilidade de presas. Em regiões com abundância de alimento o território varia de 5 a 12 Km² e em lugares mais pobres de 20 a 50 Km².
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Seus principais inimigos naturais são a águia-dourada (Aquila chrysaetos), o lobo (Canis lupus), o coiote (Canis latrans) e Ursos. Doenças como a raiva e a caça esportiva pelos humanos também matam várias Raposas anualmente. Devido a vasta região em que é encontrada, estima-se que existam mais de 48 subespécies, mas a validade científica destas subespécies não é totalmente comprovada. São mais ativas à noite e durante o crepúsculo. Entretanto, as Raposas com filhotes novos são mais ativas durante o dia. Pode viver até 12 anos, mas poucas vivem mais do que 3 ou 4 anos, especialmente em áreas onde a caça é permitida. Em cativeiro pode viver até 15 anos.

Espécies de raposa

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Raposa-do-Cabo - Habita quase todas as regiões da África do Sul. Seu pêlo pode ser preto ou prateado, mas sempre com a parte de baixo amarelada.
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Raposa-colorada - É o segundo maior canídeo que vive na América do Sul. É quase um parente próximo dos lobos.
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Raposa-cinzenta - Pode ser encontrada em vários estados da América do Norte e também na Venezuela e na Colômbia. Faz parte do gênero de raposas mais antigas de todos.
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Raposa-das-ilhas - É a segunda menor de todas. A coloração de seu pelo muda sempre uma vez por ano e entre os meses de agosto e outubro. Habita regiões da América do Norte.
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Vulpes - Este é o gênero mais comum entre todos os outros. Pode ser encontrado em diversas partes da África, da Eurásia e da América do Norte.
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Otócion - Suas orelhas são bem parecidas com as de um morcego. Vivem na África e são bem famosos por possuírem grandes números de dentes.
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Raposa ártica - A raposa ártica é um animal que se adaptou perfeitamente a condições extremas de frio. Seu focinho é curto, suas orelhas são pequenas e arredondadas, o corpo é rechonchudo, possui pêlos longos e lanosos que lhe dão uma aparência pesada de um animal típico do Pólo Norte. São animais diurnos. Se movimentam muito bem, tanto na neve como no gelo. Também são bons nadadores. São encontrados em regiões cobertas de gelo, norte da Eurásia, Groelândia, Islândia e América do Norte. Tem sido encontrados também a menos de 60 km de distância do Pólo Norte.


5 fatos curiosos sobre as raposas

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1 – As raposas são animais extremamente afetados pela caça humana. Em locais como o Reino Unido, por exemplo, a UNESCO já se manifestou e proibiu a caça do animal, muito comum por lá.
2 – A expectativa de vida das raposas gira em torno dos 10 anos. Entretanto, principalmente por conta da caça, elas acabam vivendo apenas 2 ou 3 anos nos lugares mais afetados pela ação humana.
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3 – As raposas também caçam. São predadores temíveis para coelhos, roedores, aves e outros mamíferos. Não são incomuns as histórias de fazendeiros ou criadores de animais que sofreram com ataques de raposas.
4 – As raposas fazem parte da “família” dos cães, mas são muito mais parecidas com os gatos, principalmente por conta da agilidade e do formato dos olhos, que lembram muito os felinos.
5 – Os “bigodes” característicos de gatos também estão presentes nas raposas, mas não apenas no rosto. Esses pelos, também localizados nas pernas do animal, o auxiliam a se situar no ambiente, indicando o que existe ao redor.
6 – As raposas podem enxergar tão longe quanto 2000 hectares, desde que estejam fora da cidade, soltas na natureza.
Fonte: https://www.dicionariodesimbolos.com.br
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