06/03/2019

TEMPO

Ah! Tempo, como poderei retratar em poesia seu significado
É idiossincrático, infinito, uma linha em nosso imaginário
Já ousaram encontrar uma definição, você já foi estudado
Matemáticos, físicos e filósofos querem expor seu lendário.

Você foi passado. És o presente e serás o futuro - uma ilusão
Sendo infinito, em cada instante se torna um evento tal
Ás vezes você para, outras corre, é instante de percepção
Sua Assunção à causalidade, fere a regra do que é normal.

Para sentir seu efeito, vários inventos foram aqui criados
Você hoje é cronológico, é grandeza física, é dia, é noite
Habitas nas coincidências, são seus destinos predestinados
Trazendo para muitos as alegrias, á outros, um penar açoite.

Estás sincronizado no relógio de forma compassada, é instante
Um oscilador, ficou encarregado em auferir cada compromisso
Em ansiedade é consultado, quiçá, não atrase o seu doravante
A séculos vives cada hora certa, creio nunca esteve omisso.

Percebi que você “tempo” és uma dádiva inspirada por Deus
E que podemos dividi-lo com alguém em especial, o semelhante
Instante de amor, felicidade, tristezas na hora do adeus
Sei! Você é eterno, estais além do horizonte, você é abundante.

Recomece! Siga seus instintos, valorize as belezas ao redor
Desfrute das maravilhas, revigore o coração, essa é a chance
Ache a pessoa para compartilhar, continue sendo um sonhador
Perceberás então, o tempo não findará até que você descanse!

Tiago Ngana Chimbassi






CONVITE AO SILÊNCIO


Não, não me convide
A este mergulho,
Mergulhar no silêncio
É ser homem de meias-verdades

Mergulhar no silêncio,
É deixar-se rebocar
Pelo dúbio orgulho de alguém,
Que julga ser dono das palavras

Não me convide a este mergulho,
Eternize teu mutismo, prefiro assim,
Do que palavras vendidas
À dor dos teus cotovelos

Prefiro assim,
Do que as palminhas
Que me davas nas costas,
Enquanto teu coração chorava por dentro



Ngana


O PODER DA MÚSICA


Cantar não é arte
É um dom
Cujo som,
De nós, faz parte

O soprar duma melodia
Serve de terapia
E alonga o dia
Nas almas em agonia

A música cura
Enquanto a vida dura,
Ouvindo a melodia
Vezes sem conta por dia

Quantas vezes se ouve a música,
E sem querer bailar
Se meneia a cabeça sem peruca,
E só se para se alguém deixar de cantar?!

Foram várias vezes,
Mesmo deitado
Ou sentado,
Se dá o pé de dança quando som da música nos atiça os pés

NGANA



O SILÊNCIO DA MINHA MENTE REFLETIVA