Mundo líquido sem liquidez Escorre por entre os dedos Em direção ao abismo mais sombrio Homens que não pensam, matam Qualquer obra ou ser que os desagradam Restou-se o vazio, esvaiu-se o sentido. Refletindo, pode ser parte de um grande ciclo Ou tão somente estamos iludidos em nossos pedidos Acreditando que os homens transcenderiam Sua bestialidade interior após descobrirem Números e poesias, estabilidade e alegria. Eis a maldição do destino Os homens destroem tudo o que construíram De músicas a arte, pela ganância e ideologia A maternidades e lares, com bombas, com insensatez Disputando, feito animais, pelo poder por poder. Mundo tão belo, e tão decepcionante Polos se anulam, a buscar um ponto constante Neste cenário tão incerto, poderei eu contemplar Uma flor, em meio ao deserto, brotar Eis a esperança, a última tempestade de ventos a realizar O sonho que todo o grão de areia tem de voar. Tiago Ngana Chimbassi
Activista pelos direitos humanos, poeta, técnico em informática, programador em ascensão, estudante de comunicação, especialista em marketing, em métricas, costureiro, sapateiro, leitor assíduo e entre outras profissões.