Noite escura. Ventos fortes. Mortalhas cruzam os céus E, do alto da árvore, sinistro... Os corvos piam famintos! Momento arrepiante se faz E o medo se instala sem dó... Vultos alucinogénios correm Sobre os cadáveres sem leito. Tremendo, a Lua se esconde Dentre as insensatas nuvens Que espalham pânico e dor Em sua negritude metafísica. Sombras dos umbrais cantam O verdor luxuriante do pavor E convidam os mortos-vivos A saborearem o sangue fresco Das carnificinas já apodrecidas Dentre os inorgânicos fósseis Que dormem à luz das covas Abertas à visitação dos abutres. Um orvalho negro que escorre Diante dum manjar gangrenado, É néctar da ignomínia que exala Da morte tétrica e pustulenta. Bacanais dos olfactos hediondos Que rondam da Terra macabra As fúnebres emanações do palor Que atraem alicerces de loucura!
Activista pelos direitos humanos, poeta, técnico em informática, programador em ascensão, estudante de comunicação, especialista em marketing, em métricas, costureiro, sapateiro, leitor assíduo e entre outras profissões.