O meu pensamento é uma cidade fantasma, Ruas suspensas, submissas ao tempo, ruínas de templos E os gemidos dentro das casas, (acaso possuíssem alma) Seriam ténues, não me prendessem tatuagens nos braços Nas frases austeras que um esquecido astrólogo segreda Ao meu pensamento. É uma cicatriz que dói, aberta Quando se remove com a unha, para não ficar dedada. O manto da invisibilidade é a sua cómoda coberta, A manta de lenços e papel que absorve qual mata-borrão (Fico sem saber se é natureza murcha ou decalque da morte) E depois me atira ao acaso, nessa cidade de casas sem chão, Fixas no ar, vazias de tudo, como absurdas obras de arte. O inesperado e talentoso verso pode nem surgir nele, Como por encanto, mas por enquanto, vai alternando Entre ouvir-me e surpreender-se a si próprio, do seu pensar Estranho. Às vezes tenho pena de quem não imagina, tendo Eu, nas mudanças de rumo deste pensar, a visão máxima De assombro, quando dou por mim no fim, a voar sob
Activista pelos direitos humanos, poeta, técnico em informática, programador em ascensão, estudante de comunicação, especialista em marketing, em métricas, costureiro, sapateiro, leitor assíduo e entre outras profissões.