27/09/2019

NO PRANTO DAS ALMAS





No pranto das almas,
Amor se esconde,
Coração explode,
Botando chamas.

Desamor, dor e ódio,
Corações de ópio,
Nada sentem,
Senão emoções mortas de ontem.

Arfam peitos
Por culpa de preconceitos,
Que ferem alma
De quem só sabe amar e ama.

No pranto das almas,
Amor se esconde,
E ninguém acode
O clamor dos corações em chama.


Tiago Ngana Chimbassi

18/09/2019

ATRÁS DO TEMPO



Nas sobras
Do tempo que ainda me sobra,
Não farei das sobras
A sombra da minha sombra.

E do presente que ainda me sobrar,
Jamais farei o tempo parar
Na moleza dos meus pés,
Ou nos solavancos da minha fraca fé.

Nas sobras
Do tempo que ainda me sobra,
Saberei dar peso a cada passo,
Para me livrar do sofrimento que nos foi imposto.

Atrás do tempo
Nos becos da incerteza,
Que pintaram de pobreza
Ao meu coração partido

Vou lutar até libertar a vida.


Tiago Ngana Chimbassi


05/09/2019

07 DE SETEMBRO, SERÁ UMA OUTRA HORA, UM DIA, UM MÊS E UM ANO




















Quando marcar as zero horas no relógio
Quando tudo estiver no princípio,
O mundo alterará profundamente.

Quando finalmente já tudo se saber
Será mais do que o suficiente,
Pois, afinal será um meio-dia.

Quando tudo evoluir para o quase impossível,
Remexerá no invisível,
A hora em que este homem que vos  escreve nasceu.

Pois, descobrirão que já  passou dos 27
E é claro que tudo é possível, ter o 28!
Mas não necessariamente, por que nem se sabe se terá o 29.
[Mistério do tempo]

Vivendo assim também se faz história,
Se bem que é o fim,
Quase meia noite.

Numa nova comunicação global.
Eis que me encontro de novo no inicio
O relógio das zero horas.
Nunca mais deu horas nem dará principio.

Tiago Ngana Chimbassi



02/09/2019

POETA DA SOMBRA



Nas penumbras do vago saber,
Esconde o poeta da sombra,
Com um olho posto no sol poente,
Outro, nos quintais alheios.

Poeta da sombra,
Da sombra, fez seu posto de vigia,
Ora mira pra o sul…
Ora pra o leste das inverdades.

Poeta da sombra,
Veste-se das trevas, e se atreve
Usar da palavra nua,
Pra zombar do poder da palavra.

Na meia-luz do seu posto de vigia,
Tornou-se na dor da sua dor.
Pra aliviar sua mágoa,
Traz seu submundo à luz da ribalta.

E como a sombra não se faz à luz,
Poeta da sombra se virou instável;
Ora aparece com a boca apinhada do entulho,
Ora desaparece na sombra da sua própria sombra.

E quando a cobiça lhe estica o torto olho,
Sai da sombra pra se livrar do entulho,
E voltar de imediato ao seu submundo,
Deixando pra trás, a sujeira da sua louca mente.

Tiago Ngana Chimbassi

O SILÊNCIO DA MINHA MENTE REFLETIVA