28/01/2019

A DOR VESTIDA DE SOLIDÃO


Na hora da separação,
A dor se pendura nos corações,
Choram almas sofridas,
Na vida só ficam lamentações.

Na hora da separação,
Vacilam corações
No vazio da convivência interrompida
Pelo destino que só deixa recordações.

Partem com lágrimas no coração
E quem fica, chora a dor,
A dor vestida de solidão
Num coração que goteja por amor.

Partem pessoas amadas,
Partem corações,
E nas almas resignadas
Só ficam dor e deplorações.


Tiago Ngana Chimbassi
09/09/2014





10/01/2019

SE O QUERER FOSSE O PISCAR DE OLHO


Se o querer fosse
O piscar do olho à uma donzela,
Quantos namoros chegariam
Ao fim antes do tempo?

Quantos matrimónio 
Terminariam antes das bodas?
Se o querer fosse
O piscar do olho à uma donzela,
O machismo seria uma lenda.

Não haveria vozes de comando
Nem salteadores de corações
Se o querer se concretizasse
Como se quer.

Ninguém seria de ninguém
Neste universo dos vivos Este é meu pranto, ancorado
No mar de dúvidas, feitas.

Lágrimas sitiadas no tempo,
Imploro que alguém mas enxugue
Respondendo estas questões
Que atormentam minha alma.

Bem haja!
Meus amplexos...
Tiago Ngana Chimbassi.






POETA É FAZEDOR DE PALAVRAS VIAJANTES


Poeta não é dono do que escreve,
É fazedor de palavras viajantes,
É nascente da águas límpidas,
Que têm o mundo como estuário

Na sua mente iluminada pelo bem,
Jorram ideias e sabedoria,
Tecidas em palavras viajantes
Que ele amarra com teias da sua alma

E sem pressa, apronta-as para o mundo,
Em uma viajem sem despedida
Às suas calejadas mãos de tinta

Poeta não é dono do que escreve,
É fazedor de palavras viajantes,
Que levam seu mundo a outros mundos

Tiago Ngana Chimbassi


09/01/2019

ESTAMOS AQUI, 2019 Com o coração carregado de emoção. Levando saudade do que fez alegria, Deletando o que feriu o coração, Agradecendo a Deus pela ousadia. De vivermos num mundo tão desigual, Permanecermos fiéis aos seus desígnios, Não aceitamos as diferenças do mundo actual, Em cultivar dos sonhos os delírios. A dor passeou feroz em voos alados, Visitou hospitais, destruiu lares, Ouviu o grito dos desafortunados, Viu o choro dos que não têm lares. Mas assistiu a coragem desses heróis, Que velejaram o barco ao sabor do vento, E riram da dor, que sem pena corrói, Cativos da caminhada viram o assento. Na primeira fila dos dois mil e dezanoves A esperança abraçada com a coragem, Para enfrentar mais um ano com requinte, Sem dinheiro no bolso, sem bagagem. São esses os heróis da nossa história, Sem troféus, sem medalhas, sem louvor, E guardam apenas na memória, Mais um ano que a ponte não quebrou. Batem palmas, sorriem, beijam, abraçam, Com a mesma emoção dos afortunados, Gratos à vida, e na lágrima disfarçam, Com fogos de artifícios e gritos abafados. Seja bem vindo (ano novo). Tiago Ng. Chimbassi!!!

A MORTE NÃO VAI DE BOLEIA

Lá, onde a morte
Não vai de boleia
Nas asas do vento,
Estão os sorrisos.

Sorria primeiro
Para que o mundo
Possa sorrir depois
De ti.

Lá, onde a morte
Não vai de boleia,
Floresce felicidade,
Fruto dos actos pesados
Na balança de ouro,
Que há em cada coração
De luz.

Lá onde a morte
Não vai de boleia,
A vida se alongo no tempo,
Ungida com o elixir dos actos
Coerentes, coerentes
No dizer
No fazer
No amar à vida.

Lá, onde as vontades imperam,
A morte está de olho
Nos pêndulos da balança
E em cada ato que dela sai.

Sorria primeiro
Para que o mundo possa sorrir
Depois de ti, e fazer
Com que a morte
Envelheça, na hora
Da tua partida, lá para
Terras dos benfeitores.

Tiago Ngana Chimbassi


O SILÊNCIO DA MINHA MENTE REFLETIVA